sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Poema Assim Mesmo (Madre Teresa de Calcutá)



“Muitas vezes as pessoas

são egocêntricas, ilógicas e insensatas.
Perdoe-as assim mesmo.
 
Se você é gentil,
as pessoas podem acusá-lo de interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
 
Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
 
Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.
 
O que você levou anos para construir,
alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
 
Se você tem paz e é feliz,
as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
 
O bem que você faz hoje,
pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo.
 
Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode não ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.
 
Veja você que, no final das contas,
é tudo entre você e Deus.
Nunca foi entre você e os outros.”
Sobre a Autora - Anjezë Gonxhe Bojaxhiu M.C. conhecida como Madre Teresa
de Calcutá ou Santa Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica
de etnia albanesa  naturalizada indiana, fundadora da congregação das 
Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres 
por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Em 2015, 
a congregação fundada por ela contava com mais de 5 mil membros em 139
países. Por seu serviço aos pobres, tornou-se conhecida ainda em vida pelo codinome 
de "Santa das Sarjetas". Madre Teresa teve o seu trabalho reconhecido ao longo 
da vida por instituições dentro e fora da Índia, recebendo o Prêmio Nobel da Paz em 1979. 
É considerada por alguns como a missionária do século XX. Foi beatificada em 2003 
pelo Papa João Paulo II e canonizada em 2016 pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro,
no Vaticano. Nasceu em 26 de agosto de 1910. Escópia, Macedônia do Norte. Faleceu em 
5 de setembro de 1997, Calcutá, Índia.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

QUANDO ME AMEI (Carlos Drummond de Andrade)

 

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome… AUTOESTIMA.

Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades. Hoje sei que isso é… AUTENTICIDADE.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de… AMADURECIMENTO.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é… RESPEITO.

Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… pessoas, tarefas, crenças, tudo e qualquer coisa que me deixasse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama… AMOR-PRÓPRIO.

Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… SIMPLICIDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Hoje descobri a… HUMILDADE.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar muito com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é… PLENITUDE.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é…. SABER VIVER!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.


Sobre o Autor - Carlos Drummond de Andrade foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Nasceu em 31 de outubro de 1902, em Itabira, Minas Gerais. Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, RJ.