segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Lances Inocentes (filme)

 

SINOPSE

Josh Waitzkin é um típico garoto de sete anos. Mas é também um gênio do xadrez. Seu pai é um cronista esportivo decidido a torná-lo um campeão. 

Este é um filme sobre a comovente lição que ambos aprendem: a única coisa que não podem perder é o amor que sentem um pelo outro. 

Laurence Fishburne e Ben Kingsley têm atuações marcantes neste empolgante filme, sobre a promessa e o milagre da vida.

Título Original: Searching for Bobby Fischer

Drama, EUA, 1993, 110 min.; COR

Título no Brasil: Lances Inocentes

Direção: Steven Zaillian

(Fonte: Interfilmes)

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VIDA REAL - (informações pessoais)

Nome completo: Joshua Waitzkin, nascimento em 4 de dezembro de 1976, Nova Iorque,


EUA. Título: Mestre Internacional. É um enxadrista, artista marcial e escritor americano.

Começou a jogar xadrez aos 6 anos de idade. Como um competidor escolar, ganhou 8 títulos nacionais e sua carreira juvenil estava imortalizada quando a Paramount Pictures lançou Lances Inocentes, filme baseado na sua vida e amor ao xadrez. Josh se tornou um Mestre Nacional aos 13 anos de idade e Mestre Internacional aos 16 anos. Waitzkin é conhecido pelo seu estilo de ataque sem medo e profundo entendimento de finais de jogos.

Atualmente Waitzkin se dedica a prática das artes marciais, inicialmente o Tai Chi Chuan com o mestre William Chen, tendo vencido diversos campeonatos nacionais e internacionais. Waitzkin também alcançou a graduação faixa preta no Brazilian Jiu Jitsu sob a orientação do sensei brasileiro e campeão mundial Marcelo Garcia. Watzkin e Garcia são fundadores da Marcelo Garcia Academy.

Watzkin é autor do bestseller The Art of Learning: An Inner Journey to Optimal Performance, obra que versa sobre desenvolvimento pessoal, na qual ele relata suas experiências pessoais e métodos de aprendizado que o levaram a ser mestre e campeão no tabuleiro e nas artes marciais que domina.

Trabalhou com a empresa desenvolvedora de Games Ubisoft num dos dos maiores softwares de xadrez, o Chessmaster. Seu personagem aparece no game com um dos desafiantes e também é o professor virtual do jogo.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Josh é um menino norte-americano de sete anos de idade que aprende a jogar xadrez
observando um grupo de moradores de rua em uma Praça de Nova Iorque, local em que se revela seu interesse e habilidade, sua mãe o observa com atenção, curiosidade e amor e pede ao pai que jogue com o menino. O pai um cronista esportivo mostra-se inicialmente distante do filho, entretanto passa a dedicar ao recém-descoberto aprendizado do garoto após o mesmo vence-lo seguidas vezes. Resolve contratar o melhor professor para lhe ensinar a técnica do jogo e começa a inscrevê-lo em campeonatos, nos quais é tido como uma revelação. O sucesso ameaça torna-se obsessivo e o garoto demonstra o desejo de treinar com o pessoal da praça, mas o pai o impede. Após uma derrota em uma partida, pai e filho tem uma rara oportunidade de reavaliar sua relação. O menino expressa seus sentimentos em relação ao distanciamento afetivo e este retoma suas ideias e posturas e passa a acompanhar seu treinamento na praça. O que se sucede são conquistas de prêmios que o projetam no mundo do xadrez.

Josh revela facilidade de aprendizagem, raciocínio e memória; passa a perceber as jogadas com interesse e demonstra excelente capacidade de atenção e concentração, bem como para examinar e armazenar as informações recebidas, associar e fazer combinações utilizando princípios de análise e síntese visual e viso motora com êxito, coragem, ousadia e criatividade. Quando necessário age com ponderação, programa e verifica suas ações, reformula mentalmente e refaz os lances para obter melhores resultados, pois a atividade de jogar xadrez exige a criação de intenções, planos e estratégias.

A mãe de Josh buscava o garoto na escola e na volta pra casa ele pede para ir ao Parque
“ver os homens jogarem”. A mãe estranha o pedido perguntando “que homens?”. Mas, consente e leva-o ao local. Em outro dia, passando pelo mesmo parque, veem um homem sentando em uma mesa com um tabuleiro de xadrez e uma placa que diz: “jogo ou foto… 5 dólares”. E a mãe propõe que o garoto jogue uma partida. Ele perde, mesmo assim a mãe fica surpresa por ver que o filho de sete anos, conhece as regras desse jogo, sem ninguém ter ensinado. Conta, então, ao pai do menino que a princípio não acredita, mas depois fica igualmente surpreso.

Josh parece ter grande capacidade intelectual Geral: caracterizada por “rapidez de pensamento, compreensão e memoria elevadas, capacidade de pensamento abstrato, curiosidade intelectual, poder excepcional de observação” (Virgolim 2007, p. 28). No caso específico de Josh, pode-se observar, “facilidade de aprendizagem, raciocínio e memória; passa a perceber as jogadas com interesse e demonstra excelente capacidade de atenção e concentração, bem como para examinar e armazenar as informações recebidas, associar e fazer combinações utilizando princípios de análise e síntese visual e viso motora com êxito, coragem, ousadia e criatividade. Quando necessário age com ponderação, programa e verifica suas ações, reformula mentalmente e refaz os lances para obter melhores resultados, pois a atividade de jogar xadrez exige a criação de intenções, planos e estratégias.”

Após perceber a facilidade com que Josh jogava xadrez, seus pais decidiram contratar o
melhor professor para que o menino pudesse desenvolver suas habilidades. Além disso, os pais representados nesse filme são o ideal descrito por Virgolim (2007, p. 16) acreditavam na importância do trabalho árduo e ativo, com ênfase na autodisciplina e em dar o melhor de si para se alcançar o objetivo proposto; demonstravam estar orgulhosos das habilidades do filho e de suas realizações, inclusive mostrando interesses similares aos deles, ajudando-os a organizar o tempo, a estabelecer prioridades e a manter altos padrões para que a tarefa fosse completada. Ou seja, combinam apoio e altas expectativas, encorajam a criança, providenciam oportunidades e recursos, no caso do filme, além de contratar um professor de xadrez particular, incentivam o filho a participar de competições onde esse talento é muito valorizado.

Muitas vezes os profissionais da escola regular não estão preparados para receber alunos
como Josh. São varias as situações que podem ocorrer. Às vezes, aluno aprende com tamanha facilidade/velocidade que acha a aula monótona e desinteressante. Se a professora não está preparada para lidar com esse aluno, talvez seus níveis de afinidade não sejam compatíveis, o que interfere na relação e consequentemente na dinâmica da sala de aula. Quando a alta habilidade já foi diagnosticada, o professor pode se sentir despreparado ou incapaz se não conhece as reais necessidades de um aluno com superdotação, pode pensar que somente alguém com o mesmo nível intelectual, têm capacidade de ensinar-lhe algo, ou pior, pode pensar que já que ele é tão inteligente, não precisa de sua atenção. Mas essas são só alguns dos problemas que podem ocorrer quando se tem uma equipe escolar despreparada para receber esse aluno.

Josh teve a sorte de estar em um ambiente propício ao desenvolvimento de suas potencialidades, seu pai, comentarista esportivo, logo que percebeu o talento do filho para o Xadrez contratou um professor particular para ensinar a técnica ao garoto. O que é favorável no caso de Josh é que os adultos a seu redor tem um olhar diferenciado, que busca conhecer suas necessidades e buscar meios para satisfazê-las.



Fonte: https://umapsicologa.wordpress.com/2014/03/18/filme-lances-inoscentes/  

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Quando e como aplicar as técnicas de estudos às crianças

Que métodos podem usar os pais para ajudar aos seus filhos a estudar

Vilma Medina 

(Diretora de Guiainfantil.com - 7 de março de 2015)

Quando se começa ou se termina um novo curso escolar, as crianças têm as melhores intenções do mundo. Mas muitas vezes ficamos apenas nisso, nas boas intenções. E temos que dizer que não vale apenas boa vontade. A gente se empenha em fazer tudo o que nos propomos, mas depois chega o difícil, manter o horário, encontrar tempo, etc., e depois de um mês já abandonamos quase tudo.

E não é falta de competência, é que não sabemos como temos que nos preparar desde o princípio.

Meu filho não gosta de estudar

Nos estudos é a mesma coisa. 

Podemos escutar muitas vezes os adolescentes: Eu não consigo estudar! Não me dá tempo! Nunca gostei de matemática!... Mas eles se dão conta que quando refletem, existem coisas que não vão bem.

- Tem crianças que se empenham durante todo um período, e quando se dão conta só fizeram uma coisa, e quando são chamados para jantar se dão conta que não sabem o que aconteceu e todos os deveres ainda estão por fazer.

- Deu branco no exame! Levei dois dias estudando e agora não me lembro de nada!

- É que meu filho não gosta de estudar, não é capaz de se sentar e trabalhar, passa toda a tarde em frente à TV ou no computador. Não sei o que fazer com ele!

Todos sabemos ou pelo menos nos lembramos de algumas técnicas de estudo: como devemos nos sentar diante uma mesa para estudar (retos, cômodos), com a higiene ambiental adequada (luz, calor, ruído adequado), controlar os tempos, saber fazer resumos, esquemas etc. Mas não colocamos isso em prática.



Desde muito pequenos, devemos educá-los na disciplina e no estudo. No primário, podem ir até mais ou menos bem, mas logo chega o secundário e tudo vai por água abaixo. E não me refiro a que sejam reprovados, mas que começam a sofrer e lutar para tentar aprender de qualquer forma, quando isso se deve aprender e educar desde cedo, e além disso, em casa.  E digo desde a casa, porque não é responsabilidade do colégio. O professorado já sabe de memória como devem estudar, e explicam nas aulas todos os anos, mas os alunos têm  que colocar em prática com apoio e supervisão da família.

Quando chegar em casa à tarde, há tempo para merendar, para falar de como foi no colégio, com os amigos, professores, piadas novas etc. Logo começamos a trabalhar. Para isso não tem discussão. Todos temos responsabilidades e devemos cumprir com elas (se no princípio custa, pode-se recorrer a um sistema de prêmios por acordos conseguidos). Deve-se começar já com as crianças pequenas, dedicando-lhes uma horinha todos os dias: lemos um conto, fazemos um desenho, aprendemos a fazer quebra-cabeças, a recortar, a fazer os laços dos sapatos... No princípio significará termos que fazer isso todos os dias, sem exceção.

Com o tempo, veremos como podemos, pouco a pouco,  deixá-los a sós e ver que adotaram esse costume de trabalhar todos os dias. Se nos sobra tempo, podemos brincar, ver um pouco de televisão ou brincar no computador (sempre controlando o tempo) e sempre nessa ordem: primeiro o trabalho e depois a distração.

Existem pais que se queixam porque para merendar, os filhos se colocam em frente à TV e logo não têm como desligá-la para que comecem a estudar. Neste treinamento, para conseguir o hábito de estudar, devemos levar a sério desde o princípio e fazê-lo bem (para comer não necessitamos da televisão).

Técnicas de estudos às crianças

Já com 7- 8 anos podemos introduzir o conceito de tempo de estudo. Para evitar o exemplo anterior de que se passa toda uma tarde sem haver terminado os deveres, temos que praticar com o relógio e os horários. Por exemplo, começamos com uma palavra cruzada por dia. Controlamos no primeiro dia quanto demora (coloquemos dez minutos) e a partir desse dia propomos à criança, tentar ganhar dela mesma e superar seu próprio recorde (9 - 8 - 7 minutos). Isso não é para se afobarem com o tempo, mas para que compreendam que quando nos colocamos um tempo, as coisas funcionam de uma maneira, e quando não é assim, podemos passar horas para realizar o mesmo trabalho. Quanto antes terminem, mais tempo terão para brincar depois.

Isto servirá como aquecimento, para logo passar a uma outra atividade. Ler todos os dias pelo menos 15 minutos e também com bom ritmo.


Quando vão crescendo, a palavra cruzada pode ser substituída por algum exercício simples ou alguma matéria fácil e rápida, para logo passar a matérias que nos custe ou tenha mais trabalho no dia seguinte. Não podemos deixar para o final de semana, já que sempre haverá alguma desculpa para não fazê-lo (estou cansado, não tenho vontade, melhor que me explique amanhã...)

As crianças se acostumaram a fazer os deveres (somente os exercícios que passam na sala de aula) todos os dias e com isso já cumpriram seu estudo... Isso não vale. Primeiro se estuda a pergunta e logo se fazem os exercícios.

Se uma criança está atenta na sala de aula à explicação: 

(1º) estuda em casa 

(2º) aprende 

(3º) faz exercícios 

(4º) os corrige na sala 

(5º) faz resumo ou roteiro 

(6º) e repassa as perguntas de tempo em tempo 

Até o dia da avaliação, como não vai saber a lição para o dia do exame depois de ter repassado pelo menos 7 vezes a mesma pergunta?

Claro que se não está atenta na sala de aula, não faz os deveres e estuda um dia antes do exame, já sabemos como sairá.

Quando começamos a educar os filhos, devemos ter claro que buscamos o melhor para eles,

e nessa vida as coisas se conseguem com esforço. Com essa disciplina,  que queremos ensiná-los para seu bem, vamos poder chegar à conclusão que todos estamos cansados, mas que eles têm seu trabalho pela tarde, igual a nós com comidas, no passar roupas, ajudar os filhos nas tarefas...e o fazemos com gosto. No final do dia, uma vez realizadas nossas tarefas, podemos descansar, ler, etc. E deitaremos com a satisfação do dever cumprido.


Fonte - https://br.guiainfantil.com/aprendizagem/82-quando-e-como-aplicar-as-tecnicas-de-estudos-as-criancas-.html  - María Concepción Luengo de Pino - Psicopedagoga