sábado, 28 de abril de 2018

O Menino do Dedo Verde: ferramenta pedagógica.


                        O Menino do Dedo Verde (Tistou les pouces verts)


O desenvolvimento e o reconhecimento de habilidades são fortemente influenciados quando se considera que as crianças são a “extensão dos pais e/ou dos adultos ou ainda, quando estes, “depositam” muita expectativa no que é realizado por ela.

Para pensarmos sobre esta temática trago a sugestão de leitura/reflexão sobre um dos livros que considero uma ferramenta de formação docente.

Escrito por Maurice Druon em 1957, com tradução em português feita por Dom Marcos Barbosa, “O menino do dedo verde” nos traz a história de Tistu, de olhos azuis, cabelos loiros, que tinha a habilidade de deixar impressões digitais por onde andava, fazendo com que o reverdecimento e a alegria “vivificassem”. Sua grande missão era humanizar e despoluir o seu entorno.

O livro/ferramenta é considerado um clássico da literatura, permanece atual por abordar temas relacionados à ecologia, conceitos de vivência social, ética, cidadania, respeito, poluição, desentendimento, agressividade, aprendizagem, ensino etc.

Tistu era uma criança diferente de todas, o que realizava através de sua digital verde era um segredo entre ele e jardineiro [Sr. Bigode]. Por “não conseguir” ficar na escola seus pais [Dona Mãe e Sr. Papai], decidiram adotar outra forma de educação, onde ele pudesse vivenciar o que deveria ser aprendido.

Seu primeiro professor foi o jardineiro da casa [Bigode] que descobriu o polegar verde de Tistu por verificar que onde ele botava o polegar, germinavam as sementes que haviam por todos os cantos, como que esperando por alguém especial para transformá-las em flores e com este ato, humanizar os ambientes e pessoas.

O Sr. Trovões, seu segundo professor lhe ensinou o que era ordem/desordem e apresentou a Tistu a favela de Mirapólvora um lugar sem alegria, barulhenta e suja. Conheceu também a prisão e o hospital. Por onde Tistu passava, colocava seu dedo verde.

Na guerra entre duas cidades fez florescer as sementes nos canhões, o que causou um grande problema, forçando-o a revelar que tinha um polegar verde.

Certo dia seu grande amigo e professor Bigode “foi para o céu” e Tistu fez germinar uma planta muito grande para que ele pudesse subir e buscar Sr. Bigode ou ele pudesse descer. 

E...aconteceu um fato incrível... revelando quem era Tistu.



Sobre o Autor – Maurice Druon (Paris, 23/04/1918 - Paris, 14/04/2009) foi um
escritor francês e decano da Academia Francesa de Letras. Maurice Druon tinha entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se notabilizou como tradutor de Homero e Virgilio.




Sobre o tradutor - Dom Marcos Barbosa (1915-1997) foi um sacerdote, monge
beneditino, poeta e tradutor, eleito para a Cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras. Nasceu na cidade de Cristina, em Minas Gerais, no dia 12 de setembro de 1915.




* Imagens da internet.

2 comentários:

  1. Lembro você falando sobre esse livro, em formação da Semed.
    Saudade!

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