quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Crianças e jovem estão dizendo: Oi... estou aqui!

Gosto de contos, mensagens, ditos populares e outros, por ver que estes possibilitam o pensar, o sentir, o questionar, o falar sobre, de relacionar com vários contextos.

Neste sentido, trago uma proposta de reflexão muito usada em momentos formativos.

O que me fez lembrar este texto? A necessidade de mais atenção ao que está a nossa volta. Vemos com muita freqüência, crianças e jovens que não estão bem em suas atividades escolares, que ‘hipnotizadas’ passam horas em jogos eletrônicos, com amigos virtuais, que focam ou são forçados/as a focar somente em uma única dimensão de suas vidas.
Gritam sem seus silêncios, em suas bagunças, em suas “notas baixas”, em seus isolamentos e não são percebidos em seus pedidos de atenção e, por que não dizer, pedido de socorro!

Direciono esta proposta de reflexão a nós, pais, avós, professores – todos os responsáveis pela infância e juventude – para que percebamos o que eles sentem, o que querem compartilhar, o que precisam expressar.


Autor desconhecido


Um jovem e bem sucedido executivo dirigia, em alta velocidade. De repente um tijolo espatifou-se na porta lateral de seu carro! Freou bruscamente e deu ré até o lugar de onde teria vindo o tijolo.

Saltou do carro e pegou bruscamente uma criança, empurrando-a contra um veículo estacionado e gritou:
- "Por que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carro novo e caro. Aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro. Por que você fez isto?"

- "Por favor senhor me desculpe!" - implorou o pequeno menino. "- Eu não sabia mais o que fazer! Ninguém estava disposto a parar e me atender neste local."

Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados.

- "É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo."

Soluçando, o menino perguntou ao executivo:
- "O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e é muito pesado para mim."

Movido internamente muito além das palavras, o jovem motorista engolindo "um imenso nó" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas. Tirou seu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem.

- "Obrigado e que Deus possa abençoá-lo!" - agradeceu a criança.
O homem viu então o menino se distanciar, empurrando o irmão em direção à casa.


Foi um longo caminho até o carro.... Um longo e lento caminho de volta.

A porta amassada, o fez pensar que não deveria ir tão rápido pela vida, para que alguém precisasse atirar um tijolo para obter a sua atenção.


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Sônia Peixoto
https://smapeixoto.blogspot.com.br


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Um comentário:

  1. Gostei do título e da relação feita. Realmente tem muita criança e jovem que estão pedindo ou estão querendo chamar atenção sobre eles.

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