A Educação
Integral aposta nas relações vivenciadas em instituições educacionais de forma ousada,
valorizando as relações entre a unidade escolar e a comunidade, onde os tempos
e espaços sejam ressignificados, onde o ouvir e dar voz sejam visualizados no
cotidiano.
Neste
sentido, trabalhar na perspectiva da Educação Integral é dar protagonismo a quem aprende e visibilidade a quem está no
centro de todo o processo – o estudante, crianças/jovens/adultos. É valorizar as várias dimensões (social,
cultural, intelectual, emocional, simbólica, democrática), os tempos e os espaços
de convivência democrática.
Seminário de Educação Integral na Rede
Municipal de Ensino de Manaus
A
Secretaria Municipal de Educação promoveu, nos dias 12 e 13 de dezembro de 2016,
no Auditório Luiz Geraldo Pontes Teixeira [Semed/Manaus/AM], um seminário com o
tema “Educação Integral: projetos de vida
e de aprendizagens que transformam vidas”, tendo como objetivo socializar “saberes,
conhecimentos e experiências com a comunidade de Manaus sobre a educação
integral na Rede Municipal de Ensino”.
No
primeiro dia deste seminário, no momento destacado na programação como “A escola que sonhamos - Socialização de atividades de Educação
Integral desenvolvidas nas Unidades Escolares”, os participantes puderam
ver quão inovador é o processo de desenvolvimento integral protagonizado pelas
crianças e jovens das escolas que “vivenciam este sonho”.
As
unidades escolares que estão neste processo inovador no município de Manaus (na
sua grande maioria) iniciaram suas discussões, estudos, esclarecimentos de
dúvidas pelo vídeo-documentário “Quando
sinto que já sei”, buscando posteriormente outros saberes com seus pares,
nas visitas às escolas em outros estados, leituras, consultorias (aqui destaco
a Fundação SM, na pessoa de sua Diretora, Maria Pillar Lacerda), para
consolidação dos saberes necessários para a ressignificação de suas praticas
pedagógicas.
Documentário Quando sinto que já sei
O documentário apresenta a inovação de práticas
pedagógicas no Brasil, com o registro de falas de pais, crianças e jovens,
educadores e profissionais de várias áreas de conhecimentos.
A proposta do documentário surgiu de questionamentos
em relação à escola tradicional e da percepção da ausência, nos espaços
escolares, de valores tão importantes no processo de humanização.
No início do documentário, o educador e antropólogo
Tião Rocha[1]
relata o primeiro dia de aula de sua filha de sete anos, quando a diretora da
escola, ao fazer seu discurso de abertura, diz: “Bem vindos. As crianças são como páginas em branco, onde devemos
escrever um belo livro”, o que o fez constatar que esta diretora não
entendia nada de criança. É ainda Tião Rocha quem relaciona a escola
tradicional ao modelo militar obrigatório. E destaca que não é preciso sofrer
para aprender.
O
documentário está a cada momento instigando a repensarmos o modelo vigente de
escola e se esta possibilita o desenvolvimento de habilidades técnicas e de
outras dimensões necessárias para o desenvolvimento do senso crítico, da
autonomia, da solidariedade.
Outras experiências são apresentadas – na Escola Municipal Campos Salles,
em Heliópolis/SP, no projeto Âncora, em Cotia/SP, Escola Municipal Amorim,
Lima/SP, Projeto Araribá, de Ubatuba/SP e outras.
Entre os que foram
entrevistados neste documentário estão o criador da Escola da Ponte em Portugal,
José Pacheco; a diretora da Escola Municipal Amorim Lima, Ana Siqueira; o neurocientista
Miguel Nicolelis; o diretor da Escola Municipal Campos Salles, Braz Nogueira; a
coordenadora de educação do Instituto Ayrton Senna, Simone André; a idealizadora
do Projeto Casa do Zezinho, Dagmar Garroux, chamada de Tia Dag; pedagogos;
filósofos; designer.
O documentário possibilita a
todos os envolvidos com a EDUCAÇÃO (professores, pais, sistemas escolares,
comunidades, governantes, políticos, crianças, jovens) o pensar sobre o fazer diferente pela ousadia de sonhar, sentir que esta ousadia pode se concretizar
e querer fazer parte deste processo
de humanização num processo constante de aprender a aprender.
Acesse o documentário AQUI - https://youtu.be/HX6P6P3x1Qg
Ficha técnica
Filme: Quando Sinto que já
Sei
Direção: Antônio Sagrado, Anderson Lima e Raul Perez
Produção executiva: Antônio Sagrado, Raul Perez e Anielle Guedes
Gênero: documentário
Nacionalidade: brasileiro
Tempo: 78 minutosLançamento: 29/7/2014
Aprendi com você. "Quando sinto que já sei... COMPARTILHO"
ResponderExcluirObrigada.
Raquel, agradeço teu comentário.
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