Seremos testados, em vários momentos,
por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na
escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair
delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por
perto.
Enquanto vivermos, estaremos sujeitos a sermos contrariados por pessoas, por acontecimentos, imprevistos, pela vida. É assim e sempre será, desde que nascemos, até nosso último suspiro. Somos várias pessoas nos encontrando e nos desencontrando em ambientes variados, cada uma com seus pensamentos, objetivos e visões sobre o mundo. Inevitável, portanto, trombarmos com quem em nada concordará conosco, ou até mesmo com quem adore azucrinar a paciência alheia.
Infelizmente, existe muita gente cuidando da vida do outro. Seremos questionados sobre o porquê de não namorarmos, de ainda não termos nos casado, de não termos filhos ou de termos determinada quantidade dos mesmos, sobre o porquê do porquê do porquê, e, pior, por pessoas que mal nos conhecem. Ou seja, muitos nem interesse sincero terão por nossas vidas, estarão apenas curiosos mesmo.
Da mesma forma, muitas pessoas farão
observações desagradáveis e incômodas sobre nós, deixando-nos desconfortáveis.
Haverá quem dirá que engordamos, que envelhecemos; haverá quem nos censurará e
nos julgará pelo modo de vida que escolhermos; haverá quem nos repreenderá por
alguma atitude que tomarmos. Incrivelmente, mesmo que nosso comportamento não
lhes afete de maneira alguma.
Seremos testados, em vários momentos, por pessoas destemperadas, seja em relacionamentos, no serviço, em casa, na escola, seja na vida. Muitos criam tempestades e, em vez de tentarem sair delas, desejam trazer para debaixo de seus raios e trovões quem estiver por perto. Não se percebem, jamais se responsabilizam pelo que eles próprios provocaram, culpando o mundo, vitimizando-se e espalhando discórdia por onde estiverem.
Caberá a nós manter o controle, o equilíbrio, para que não nos permitamos adentrar a doença do outro, para que não nos molhemos sob tempestades que não são nossas. Teremos que tentar ajudar quem estiver pronto a ouvir, porém, o silêncio será sempre a melhor resposta a quem espera e aguarda pelo nosso destempero, pois assim é que neutralizamos todo o mal que nos rodeia. Isso é maturidade e autopreservação. É sobrevivência.
Fonte - https://www.profmarcelcamargo.com/maturidade-e-usar-o-silencio-quando-o-outro-espera-que-voce-grite/
Sobre o autor - Marcel Camargo - Graduado em Letras e Mestre em "História, Filosofia e Educação" pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor Universitário e de Educação Básica. É apaixonado por leituras, filmes, músicas, chocolate e pela família.
Imagens - disponíveis na internet
É verdade! Já testei isso em sala de aula. Alunos que tentam tumultuar para que você pare a aula e fique dando sermão. Quanto mais tempo durar o sermão, menos assunto será dado. Em vez de esbravejar, continuei a aula naturalmente. Aos poucos, os alunos pararam a bagunça e a aula transcorreu sem problemas.
ResponderExcluirFico feliz pelo resultado alcançado. Grata pelo comentário!
ExcluirGostei muito!
ResponderExcluirGrata!
ExcluirMaravilhoso esse texto. É exatamente o que faço agora. Procuro me manter centrada em vez de esbravejar e entrar na vibe ofensiva de pessoas destemperadas. Achei ótimo. Melhor manter a calma. Mesmo sendo difícil. ��������������
ResponderExcluirAgradeço teu comentário. bj
ExcluirMuito bom o texto. Difícil exercício para a maturidade.
ResponderExcluirNecessito pensar mais sobre o tema. Manter o equilíbrio para não ficar doente.
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