Sem educação emocional, não adianta saber resolver equações – Alerta um professor
Por Pensar Contemporâneo
Os jovens com maior domínio de suas emoções têm melhor desempenho acadêmico, maior capacidade de cuidar de si e dos outros, predisposição para superar as adversidades e menor probabilidade de se engajar em comportamentos de risco.
De acordo com Rafael Guerrero, que é um dos poucos professores da Universidade Complutense de Madrid a ensinar seus alunos de Magistério, que serão futuros professores, as técnicas da educação emocional.
Ele o faz voluntariamente porque o programa
acadêmico dos mestrados em Educação Infantil e Primária de Bolonha não inclui
nenhum assunto com esse nome.
“Muitos dos problemas dos adultos se devem às
dificuldades em regular as emoções e isso não é ensinado na escola”, explica
Guerrero.
Trata-se de ensinar futuros professores a
entender e regular suas próprias emoções para que possam direcionar crianças e
adolescentes nessa mesma tarefa.
“Meus alunos me dizem que ninguém lhes ensinou
como se regular emocionalmente e que desde jovens, quando tinham que enfrentar
um problema, se trancavam em uma sala para chorar, essa era a maneira deles de
se acalmar”, diz o professor.
Insegurança, baixa autoestima e comportamentos
compulsivos são algumas das consequências da falta de ferramentas para
gerenciar emoções.
"Quando atingem a idade adulta, eles têm
dificuldade em se adaptar ao ambiente, tanto ao trabalho quanto às relações
pessoais. Temos que começar a treinar professores com a capacidade de treinar
crianças no domínio de seus pensamentos".
Inteligência emocional é a capacidade de
sentir, entender, controlar e modificar o humor de si mesmo e dos outros, de
acordo com a definição daqueles que cunharam o termo no início dos anos 90, os
psicólogos da Universidade de Yale Peter Salovey e John Mayer.
Os objetivos da educação emocional, de acordo
com as diretrizes de Bisquerra, são adquirir um melhor conhecimento das
próprias emoções e dos outros, para prevenir os efeitos nocivos das emoções negativas
[o que pode levar a problemas de ansiedade e depressão], e desenvolver a
capacidade de gerar emoções positivas e automotivação.
A inteligência emocional é traduzida em
habilidades práticas, como a habilidade de saber o que acontece no corpo e o
que sentimos, o controle emocional e o talento para nos motivar, assim como
empatia e habilidades sociais.
“Quando pensamos no sistema educacional,
acreditamos que o importante é a transmissão de conhecimento de professor para
aluno, ao qual ele dedica 90% do tempo. O que há de errado com o equilíbrio
emocional? Quem fala disso na escola?”, diz Rafael Bisquerra, diretor do
Programa de Pós-Graduação em Educação Emocional da UB e pesquisador do GROP.
Os jovens com maior domínio de suas emoções
apresentam melhor desempenho acadêmico, maior
capacidade de cuidar de si e dos
outros, predisposição para superar as adversidades e menor probabilidade de se
engajar em comportamentos de risco – como o uso de drogas. Segundo os resultados
de diversos estudos publicados pelo GROP, “A educação emocional é uma inovação
educacional que responde às necessidades que os assuntos acadêmicos comuns não
cobrem.”
“O desenvolvimento de competências emocionais
pode ser mais necessário do que saber como resolver equações de segundo grau “,
diz Bisquerra.
Os objetivos da educação emocional, de acordo
com as diretrizes de Bisquerra, são adquirir um melhor conhecimento das
próprias emoções e dos outros, para prevenir os efeitos nocivos das emoções negativas
[o que pode levar a problemas de ansiedade e depressão], e desenvolver a
capacidade de gerar emoções positivas e automotivação.
Fonte - https://www.pensarcontemporaneo.com/sem-educacao-emocional-nao-adianta-saber/?fbclid=IwAR2C8xFoMR7Swf-GxohFD8O409FujaO3fX4vsrsP9PuxS6dqN4LkA303I1w
- Artigo completo em El Pais (em espanhol)
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