Médico-psiquiatra, psicoterapeuta, conferencista e escritor. Apresentador do programa “No Divã do Gikovate”, na rádio CBN, morre aos 73 anos, nesta quinta-feira, 13, às 18h30.
Meu respeito à pessoa e ao profissional que se deixava ver e sentir em seus inúmeros texto, palestras, entrevistas...
Minha homenagem a Flávio Gikovate, neste texto, que nos possibilita refletir sobre viver de acordo com nossas idéias e princípios!
Respeite a si mesmo e ganhe autoestima
26 de setembro de 2016
Só existe autoestima quando uma pessoa vive de acordo com suas
ideias, sem ofender o código de valores que ela construiu ao longo da vida. Uma
pessoa para quem a honestidade é fundamental poderá ficar rica se aceitar
suborno, mas sua autoestima cairá, inevitavelmente. Não é possível alguém
gostar de si mesmo, ter um bom juízo de si, se estiver agindo em desacordo com
seus princípios.
Os valores de cada pessoa, assim como os de cada sociedade, variam
muito e dependem fundamentalmente do ambiente em que ela cresceu. Nos primeiros
anos de vida, incorporamos essas normas com o objetivo de agradar aos adultos
que nos são importantes. Aprendemos seus valores e os adotamos, porque este é o
caminho para sermos amados por eles. Os adultos usam essa necessidade das
crianças de serem protegidas e acariciadas como instrumento para educá-las, ou
seja, transmitir à nova geração as normas daquela comunidade. Mas isso é apenas
o princípio do processo. A partir de um certo ponto do nosso desenvolvimento, passamos
a contestar os valores que nos foram impostos pela educação. Isto pode ser
feito de um modo bastante estabanado e grosseiro, negando, apenas por negar,
tudo o que nos ensinaram (e são muitos os adolescentes que agem assim).
Entretanto, também podemos reavaliar nossos princípios de um modo mais
sofisticado, comparando-os com outros pontos de vista ou submetendo-os a uma
experimentação na vida prática.
Se fomos educados, por exemplo, a não transigir, tornando-nos
pessoas rígidas e prepotentes, isso pode nos trazer muitos inimigos e afastar
as pessoas de quem gostamos. A prática da vida nesse caso poderá nos ensinar a
ter mais “jogo de cintura”, ou seja, a afrouxar um pouco mais os nossos
critérios quanto à liberdade e aos direitos de cada pessoa. Sempre que mudarmos
nossos valores devemos conseguir mudar também nossa conduta. O objetivo disso é
fazer com que possamos viver de acordo com nossas ideias, condição
indispensável para uma autoestima positiva. Mas outra condição se impõe para
uma boa autoestima: levar uma vida produtiva, em constante evolução.
Se uma pessoa gosta de cozinhar, ela tenderá a se dedicar a essa
atividade. Será capaz de avaliar seus avanços por meio da reação das pessoas
que provam sua comida e não adianta negarmos: somos dependentes das reações dos
que nos cercam e nos são queridos. Os elogios reforçarão suas convicções de que
está indo pelo caminho certo, enquanto as críticas indicarão a necessidade de
correção de rota. Com o passar do tempo e o crescer da experiência, ela saberá
avaliar a qualidade de sua comida por si mesma, tornando-se menos dependente do
julgamento dos outros. Sua autoavaliação vai se tornando mais importante que a
dos outros. Sua autoestima vai se cristalizando em um patamar alto, sólido e
independente do ambiente.

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Grande perda. Deixou uma grande obra pela sua produção, pelas pessoas que ajudou e pelo exemplo. Ainda vai nos inspirar por muito tempo.
ResponderExcluirCom certeza!
ExcluirInspiração e ressignificação de relações... TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS!
Grata pelo comentário.
Simplicidade e objetividade lembrarei sempre desse guru. Obrigado Sônia pelo texto que toca fundo na necessidade de sermos coerentes com nós mesmos ou seremos eternos chorões. Beijo.
ResponderExcluirAmei!!!! Grata.bjo
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